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A palavra “crise” é com frequência empregada para se referir a uma pluralidade de processos que se intensificam em todos os âmbitos das sociedades brasileira e francesa – processos esses, evidentemente, conectados a outros ainda mais amplos e em escala global. Falamos aqui em “crises” econômica, política, ambiental, climática, energética, ética, estética, psíquica… falamos em  “crise” do trabalho, “crise” migratória, “crise” sanitária, etc. “Crises”, “crises” e mais “crises”, que se manifestam em conflitos sociais de todo tipo e afetam os nossos cotidianos de muitas formas. 

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Diante da pluralidade de “crises” que marcaram a última década no Brasil e na França,
o colóquio da APEB-FR propõe pautar em 2023 a relação entre as ciências (o fazer científico)
e os diferentes projetos de sociedade em disputa nesses contextos críticos. Tratamos aqui
de questões relacionadas ao recolhimento de dados na atualidade, à co-construção de saberes, ao papel da pesquisadora e do pesquisador como atores sociais, às posições que tomamos diante dos problemas que se apresentam, entre outras tantas. Nossa interrogação principal
é a seguinte: que mundos tornamos possíveis ao realizarmos nossas pesquisas?

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A temática geral desta chamada - Crises e projetos de sociedade - é, portanto, propositalmente ampla, de modo a permitir a participação de pesquisadoras e pesquisadores de todas as áreas do conhecimento, articulados em um campo de debates transdisciplinar. Desta maneira, o objetivo do nosso colóquio este ano é colocar em perspectiva a própria prática da pesquisa científica na sociedade contemporânea, convidando estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado a apresentarem seus trabalhos e a elaborá-los em um sentido comum/coletivo, cujo fio condutor possa ser, justamente, as circulações de conhecimento entre o Brasil e a França.

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Algumas perguntas podem direcionar a exposição dos trabalhos:

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  • Como tem sido fazer pesquisa científica no Brasil e na França na última década?

  • Qual a implicação da sua pesquisa nos cenários de “crise” recentes?

  • Que sentidos damos às ciências - humanas, exatas e da natureza - nos tempos turbulentos atuais?

Aqui citamos alguns universos temáticos que podem ser abordados, estimulando interesses transversais:

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  • Destruição e proteção do meio ambiente ;

  • Mudanças climáticas e produção de desastres ;

  • Negacionismo científico ;

  • Pandemia de Covid-19 ;

  • Regimes autoritários e democracia ;

  • Racismo estrutural e ambiental ;

  • Perspectivas de gênero e sexualidade ;

  • Perspectivas e experiências periféricas ;

  • Movimentos e lutas sociais ; 

  • Transformações epistemológicas ;

  • Cosmovisões indígenas e de populações tradicionais ;

  • Inovações tecnológicas e novos paradigmas científicos ;

  • Novos diagnósticos e tratamentos em saúde ;

  • Manifestações culturais da última década ;

  • Linguagens e mídias emergentes ;

  • Vigilância e violência institucional ;

  • Guerras e conflitos territoriais ;

  • Etc, etc, etc.

 

Comitê científico:

Rachel Pacheco Vasconcellos, Geografia
Universidade de São Paulo / École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS)

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Nicholas Figueiredo Prestes, Física
Unité Mixte de Physique CNRS / Thales / Université Paris-Saclay

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Thaís Tanure, História
Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne

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Luís Fernando Lima de Oliveira, Direito 
Université Paris-Nanterre

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Flaviene Lanna, Sociologia

Université Sorbonne Paris Nord

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Mirela do Carmo Botaro, Letras

Sorbonne Nouvelle

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Frederico de Carvalho Lyra, Filosofia

Université de Picardie Jules Verne / Universidade de São Paulo / Alameda

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Everton Vieira Barbosa, História
Universidade Federal Fluminense

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Valéria Barbieri, Psicologia
U
niversidade de São Paulo

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Thomás Zicman de Barros, Ciência Política 
SciencesPo Paris

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Juliana Coelho, Estudos teatrais e antropologia
Universidade de São Paulo / Universidade de Leiden

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Philippe Urvoy, História
Universidade Federal de Minas Gerais / Université Paris 8

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Luiz G. Uzeda Garcia, Engenharia Elétrica /Ciência da Computação
Nokia Bell Labs

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Thalles de Freitas Castro, Ciências da Saúde
INSERM / IRMB

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Comitê de organização

Rachel Pacheco Vasconcellos, Universidade de São Paulo / École des Hautes
Études
en Sciences Sociales (EHESS)

Everton Vieira Barbosa, Universidade Federal Fluminense

Thaís Tanure, Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne

Flaviene Lanna, Université de Montpellier

Mirela do Carmo Botaro, Sorbonne Nouvelle

Nicholas Figueiredo Prestes, Unité Mixte de Physique CNRS / Thales / Université Paris-Saclay

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